2 de fevereiro de 2016

PARA REDUZIR PREÇÕS DAS PASSAGENS AÉREAS, ABEAR PROPÕE MITIGAR OS DIREITOS DOS PASSAGEIROS


Uma proposta em nada atraente nem tentadora.

Quem viaja com assiduidade, pode constatar o total descaso com que muitas vezes o passageiro é tratado pelas companhias aéreas aqui no Brasil.

Há relatos de constantes atrasos, espera tediosa obrigando o passageiro a ficar horas e mais horas no aguardo de uma acomodação em um hotel, custo altíssimo de um simples lanche nos aeroportos, obrigação de reajuste de preço da passagem quando o passageiro resolve alterar trecho, sumiço de milhas. Um nó!
Agora, como não bastasse, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz tenta implantar ideias nada vantajosas para os passageiros, uma vez que, no geral, visa mitigar direitos conquistados pelos usuários e nada mais.
Uma das ideias do presidente é que sejam cobradas taxas de bagagem de acordo com o que, de fato, o passageiro esteja levando consigo, tendo como argumento de que hoje em dia o passageiro pode levar consigo bagagens com até 23 quilos, e o custo já está embutido no preço da passagem.
Segundo ele, há histórico de que muitos passageiros viajam sem malas ou bagagens, ou ainda com mochilas nas costas, e noutras situações portam apenas uma pasta na mão, motivo pelo qual não justifica, segundo ele, pagar, embutido em seu bilhete, um custo adicional como se estivesse carregando uma mala de até 23 quilos (voos nacionais).
Defende ele: Se o passageiro pagasse apenas o que levasse consigo, por certo, o preço das passagens aéreas iriam despencar.
“Me enrola que eu estou com frio”!
Não acreditamos!
Entende ainda o presidente da Abear, que quando há casos de força maior, como vendavais, chuva torrencial, ou outros fenômenos da natureza, as empresas aéreas não deveriam arcar com hospedagens, translado e alimentação para os passageiros, pois não foi causadora do evento que findou por atrasar o voo.
Assim, o executivo tem a ideia de levar adiante seu intento, e, para isto, em fevereiro a ANAC pretende abrir consulta pública para que a população opine se concorda em flexibilizar alguns direitos dos passageiros do transporte aéreo para reduzir o preço das passagens.
Se estas ‘novidades’ forem aprovadas, mitigaram, sem dó, nossos parcos direitos, ficamos mais indignados e desprotegidos.
Leia matéria que motivou este texto.

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